A equipe de advogados da “Coligação força do Povo”, entrou na sexta-feira (8), as 18 horas, com embargo de declaração para que a juíza Liana Bardini Alves esclareça como ficam os votos recebidos pela vereadora cassada, Vera Lúcia Peixer de Amorim (PMDB), a Vera do Nonga. De acordo com o advogado Jeyson Puel, como o processo ocorreu após as eleições existe entendimento que os votos pertencem ao PMDB, e nesse caso Gilberto Montibeller, suplente, deveria assumir o mandato. O prazo para que a juiza se manifeste é de cinco dias. Os embargos de declaração interrompem o prazo de outro recurso.
Já na quarta-feira (13), os advogados de defesa vão entrar com recurso especial suspensivo para tentar anular a cassação de Vera do Nonga e para que ela permaneça no cargo até que esgotem os recursos.
ENTENDA O CASO:
Decisão da Juiza Liana Bartini Alves, cassou o mandato da vereadora Vera Lúcia Peixer Amorim. Os votos da vereadora também foram anulados. De acordo com a defesa, os votos de Vera continuam valendo para o PMDB, , e a vaga na Câmara de Vereadores de São João Batista, pode ser ocupada pelo suplente Gilberto Montibeller. De acordo com o advogado de defesa Jeyson Puel, ainda amanhã, será entrado com uma medida cautelar para tentar reverter a cassação da vereadora. Vera também foi condenada a pagar multa de R$ 10.641 e ficará inelegível por oito anos.
A Coligação “Ainda Melhor”, do candidato Elias Germano Mafeçoli e Marcos Aurélio, entrou com Ação de Investigação Judicial Eleitoral, contra a Coligação “A Força do Povo”, Daniel Cândido, Élio Peixer, Vera Lúcia Peixer de Amorim, Joel Ricardo e Laudir Kammer. A acusação apontava que havia sido praticado crime de compra de votos e abuso de poder econômico contra diversos alunos da Escolas de Educação Básica São João Batista.
Segundo a denúncia, teria sido entregue a quantia de R$ 2 mil para a representante da turma do 3º ano do Ensino Médio do Colégio São João Batista. O objetivo seria custear despesas de formatura, e em troca teriam exigido a apresentação da cópia de 30 títulos eleitorais. De acordo com os autores, do montante de R$ 2 mil, Laudir Kammer, o Alemão, teria entregue R$ 1 mil e os investigados Vera Lúcia Peixer de Amorim e Joel Ricardo, entregaram R$ 500 cada.
A acusação também diz que Daniel Cândido teria doado R$ 500 à Comissão de Formatura e promoveu o pagamento do ônibus que conduziu os alunos. O processo visava a casacão dos diplomas.
A defesa de Vera, Joel Ricardo e Laudir Kammer, negam que houve captação ilícita de votos, salientando que os fatos não passariam invenção, bem como as conversas obtidas na página do Facebook são, provavelmente uma brincadeira de adolescentes.
Daniel e Élio, eleitos na eleição de 2012, alegam que não foram beneficiados pelos atos, já que Laudir desistiu de seu pedido de registro de candidatura, não disputando a eleição. A defesa alega que somente no dia 19 de outubro, é que o atual prefeito foi procurado pelos formandos da Escola de Educação Básica São João Batista.