Carro ainda é o sonho de consumo número um no Brasil. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse para moradores de uma das maiores favelas do país, em São Paulo, que todo homem almeja a conquista de apenas três coisas na vida: “uma mulher, uma casa própria e um automóvel”. E os números mostram que o ex-presidente talvez tenha razão.
Até janeiro de 2013, a frota em São João Batista somava 17.676 veículos, de acordo com dados do Detran/SC. Com pouco mais de 26 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Capital Catarinense tem 0,6 carro por habitante. O número é considerado alto, e o reflexo está no trânsito.
Os batistenses, engalfinhados diariamente em congestionamentos no centro da cidade, dizem que o trânsito está um caos. Alternativas como investimento em transporte público é o que todos também dizem. Mas a novidade para a grande maioria deles é que a solução da maior parte dos problemas pode ser política.
O assunto começa a ser discutido por autoridades municipais e deve ganhar o centro das atenções nos próximos meses. Nesta semana o Assessor de Planejamento de São João Batista, José Manoel da Silva, e sua equipe, receberão a visita de técnicos da Capital do Estado para dar início a um Projeto de Mobilidade Urbana. O projeto ainda não tem linhas definidas, e devem começar a ser formatado entre quinta (14) e sexta-feira (15).
O trânsito em São João Batista cresceu desordenadamente. Nos últimos anos, algumas alterações tentaram suavizar o problema, sem sucesso. São quase 10 mil carros, 6 mil motos e motonetas, além de utilitários e caminhões circulando pela cidade. A única alternativa para chegar a SC-411 ou voltar para a cidade alta, são as duas pontes no centro, o que vem gerando os gargalos, principalmente nos horários de pico.
Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que os municípios, independente do tamanho, devem priorizar o público em detrimento do coletivo, e não o contrário. Ainda segundo o Ipea, cerca de 20% dos usuários das vias públicas das cidades são responsáveis pela ocupação de 80% delas.
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