Os votos da vereadora cassada Vera Lúcia Peixer de Amorim, vão ficar com o PMDB. A juíza Liana Bardini Alves, se manifestou nessa semana ao embargo de declaração impetrado pela equipe de advogados de defesa. Com o esclarecimento, acabam-se as especulações sobre quem deverá assumir a vaga na Câmara de Vereadores de São João Batista.
Os advogados da “Coligação Força do Povo”, entraram na sexta-feira (8), com embargo de declaração para a juíza esclarecesse o destino dos votos recebidos pela vereadora. Já na última quarta-feira (13), os advogados de defesa vão entrar com recurso especial suspensivo para tentar anular a cassação de Vera do Nonga e para que ela permaneça no cargo até que esgotem os recursos.
A cadeira no parlamento agora pertence ao suplente Gilberto Montibeller. Como ainda cabem recursos, que poderão suspender a cassação, Gilberto não deverá assumir a vaga, permanecendo na Secretaria de Agricultura. Existe a expectativa da equipe de defesa, que a cassação de Vera do Nonga seja suspensa ainda nas próximas semanas.
ENTENDA O CASO:
Decisão da Juiza Liana Bartini Alves, cassou o mandato da vereadora Vera Lúcia Peixer Amorim. Os votos da vereadora também foram anulados. De acordo com a defesa, os votos de Vera continuam valendo para o PMDB, , e a vaga na Câmara de Vereadores de São João Batista, pode ser ocupada pelo suplente Gilberto Montibeller. De acordo com o advogado de defesa Jeyson Puel, ainda amanhã, será entrado com uma medida cautelar para tentar reverter a cassação da vereadora. Vera também foi condenada a pagar multa de R$ 10.641 e ficará inelegível por oito anos.
A Coligação “Ainda Melhor”, do candidato Elias Germano Mafeçoli e Marcos Aurélio, entrou com Ação de Investigação Judicial Eleitoral, contra a Coligação “A Força do Povo”, Daniel Cândido, Élio Peixer, Vera Lúcia Peixer de Amorim, Joel Ricardo e Laudir Kammer. A acusação apontava que havia sido praticado crime de compra de votos e abuso de poder econômico contra diversos alunos da Escolas de Educação Básica São João Batista.
Segundo a denúncia, teria sido entregue a quantia de R$ 2 mil para a representante da turma do 3º ano do Ensino Médio do Colégio São João Batista. O objetivo seria custear despesas de formatura, e em troca teriam exigido a apresentação da cópia de 30 títulos eleitorais. De acordo com os autores, do montante de R$ 2 mil, Laudir Kammer, o Alemão, teria entregue R$ 1 mil e os investigados Vera Lúcia Peixer de Amorim e Joel Ricardo, entregaram R$ 500 cada.
A acusação também diz que Daniel Cândido teria doado R$ 500 à Comissão de Formatura e promoveu o pagamento do ônibus que conduziu os alunos. O processo visava a casacão dos diplomas.
A defesa de Vera, Joel Ricardo e Laudir Kammer, negam que houve captação ilícita de votos, salientando que os fatos não passariam invenção, bem como as conversas obtidas na página do Facebook são, provavelmente uma brincadeira de adolescentes.
Daniel e Élio, eleitos na eleição de 2012, alegam que não foram beneficiados pelos atos, já que Laudir desistiu de seu pedido de registro de candidatura, não disputando a eleição. A defesa alega que somente no dia 19 de outubro, é que o atual prefeito foi procurado pelos formandos da Escola de Educação Básica São João Batista.