Ontem (28), após intenso trabalho de investigação, a Polícia Civil, por meio da Delegacia da Comarca de Camboriú, prendeu preventivamente: Mário Avelino da Silva, 61, pai do também preso Romário Avelino da Silva, 26 anos, e a esposa deste, Aline Franciele de Souza, 18 anos, em uma residência localizada na Rua Tajubá, Bairro Taboleiro, cidade de Camboriú. O pai, o filho e a nora são investigados pelo envolvimento do homicídio de Claudete Lopes Santana, 26 anos, companheira há seis anos de Mário Avelino da Silva. O corpo da vítima foi encontrado no último dia 19 em um matagal do Bairro Rio Pequeno.
O assassinato, segundo a investigação, teria sido em função de Claudete saber que o outro filho do seu companheiro, também chamado de Mário, era foragido da justiça (cumpria pena por tráfico de drogas) e ter ameaçado de denunciá-lo à autoridade judicial o paradeiro dele. Após saber disso, Mário (filho) estaria com o intuito de matar a vítima.
O crime teria sido planejado por celular, provavelmente SMS, entre os irmãos Romário e Mário, logo após um encontro no fórum, no dia 15 de fevereiro, para verificar a possibilidade de tirar do abrigo o filho de 1 ano, fruto da união entre Claudete e Mário (pai). Logo após essa reunião, em que naquele momento foi negada a volta da criança à família, houve um desentendimento entre o casal, inclusive Claudete teria agredido fisicamente Mário. Mesmo assim, todos – Mário (pai), Claudete, Romário e a esposa Aline acabaram voltando juntos, em um só carro.
Romário teria mantido contato com o irmão Mário avisando da situação. Foi o que Mário (filho) precisava para arquitetar o assassinato. Durante a volta, quando subiam o Morro do Encano, em Itapema, o carro deles foi abordado por outro carro, de onde saiu Mário (filho) e outros dois comparsas. Alice teria fugido. Mário (pai) teria tentado ficar com Claudete, que era impelida a sair do carro, sob a força dos comparsas.
O crime teria acontecido logo depois deles conseguirem tirá-la do carro. Diante disso, Mário (pai) começou a correr, pois ele teria sido ameaçado, caso tentasse evitar o homicídio. Romário também teria fugido em direção à Aline. Durante a fuga, os suspeitos presos ouviram os tiros, mas eles negam ter participado do crime.
Conforme interrogatório, inicialmente eles teriam mentido da situação da morte de Claudete por medo. Segundo informações, Romário teria influenciado o pai a falar que a morte de Claudete estava relacionada a uma dívida com um traficante, visto que ela era usuária de crack, evitando, desta maneira, outras ‘complicações’.
Entretanto o trabalho da Polícia Civil foi fundamental para derrubar esta falsa versão, conseguindo as provas para que os mandados de prisão fossem deferidos.
Agora a Polícia Civil continua as diligências para localizar os outros envolvidos, inclusive os dois comparsas ainda não totalmente identificados.