Os ânimos ficaram alterados na sessão da Câmara de Vereadores de São João Batista dessa segunda-feira (04), e levou o presidente Vilmar Francisco Machado (PPS) a suspender a reunião. Enquanto Vilmar utilizava seu tempo de pronunciamento, o vereador Fernando Perão (PSD) causou tumulto no plenário. O público aplaudiu a decisão do presidente.
Perão desrespeitou o Regimento Interno do legislativo, ao tentar interferir no pronunciamento. No momento da confusão quem presidia a casa era o vereador Carlos Francisco da Silva (PP), que tentou intervir. Irritado, Carlinhos pediu para Perão respeitar o tempo de discurso do colega. “Quando o senhor estava discursando todos os vereadores respeitaram”, argumentou.
Vilmar Machado pediu para Fernando Perão deixar o plenário para o prosseguimento da sessão. Como ele se negou a sessão foi suspensa por cinco minutos.
A sessão dessa segunda-feira (04) foi marcada pela falta de protagonismo dos vereadores da base de sustentação da Prefeitura. Fernando Perão se pronunciou contra a aprovação de um auxilio de mais de R$ 100 mil para o Sindicado da Industria Calçadista de São João Batista (Sincasjb). O projeto é de autoria do Executivo Municipal.
Segundo ele, o dinheiro deveria ser investidos em outras áreas do município. A verba será utilizada na promoção de feira do setor que vai acontecer no município de Balneário Camboriú. “Eles geram empregos. Mas ganham muito dinheiro também, e pagam mal os funcionários”, disse Fernando.
E foi a oposição quem defendeu o projeto. O vereador Vilmar Machado argumentou que “ninguém está tirando dinheiro dos pobres”, e que a verba auxilia o setor econômico mais importante de São João Batista. O presidente argumentou que os recursos repassados ao Sindicato não devem afetar os programas sociais, já que estes são mantidos pela Secretaria de Assistência Social e possui orçamento.
O clima tenso permaneceu mesmo após a suspensão da reunião. Por volta das 22h30, alguns vereadores ainda permaneciam em frente ao Legislativo. O presidente Vilmar Machado, vai estudar as medidas a serem adotadas contra Fernando Perão. Com a suspensão, cinco projetos de origem do Executivo deixaram de ser votados. Entre eles, a alteração no orçamento que permite a Prefeitura captar recursos para a construção do novo hospital.