Com 17 horas de duração, ocorreu na quarta-feira, 25, o julgamento do trio responsável pela morte de Gustavo Costa Fernandes, ocorrida em 27 de dezembro de 2019, no bairro Krequer, em São João Batista.
O júri foi realizado na Câmara de Vereadores pela 2ª Vara da Comarca de São João Batista. Juntos, o trio formado por Larissa Paola dos Santos do Prado, João Júnior Deliz Martins e Carlos Adriano Bonfim da Silva recebeu uma pena de 60 anos e oito meses de prisão, em regime fechado.
Além deles, Wesley Sérgio Pontes dos Santos, que na época dos fatos era menor de idade, também foi denunciado. Porém, ele morreu em 8 de fevereiro deste ano, durante uma troca de tiros com a Polícia Militar, em um apartamento, na rua Gerônimo Lindolfo Rosa, no Centro de São João Batista.
Conforme a denúncia, o crime foi praticado por motivo torpe. Os denunciados eram envolvidos com organizações criminosas e, o motivo do crime se deu porque Fernandes migrou para uma facção criminosa rival, e também por possuir dívidas relacionadas ao tráfico de drogas.
Após a prisão do trio e durante o andamento do processo, ocorreram pedidos diversos de revogação de prisão, Habeas Corpus Criminal, Recurso em Sentido Estrito (Rese) e a própria dificuldade gerada pela Covid-19. Entretanto, todo o procedimento de primeiro grau, a contar com o Rese, foi concluído em menos de um ano.
Para a realização dos trabalhos do júri e segurança, a participação do Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça de Santa Catarina foi imprescindível, devido ao grau de periculosidade dos denunciados.
Relembre o caso
Era por volta das 17h de 27 de dezembro de 2019 quando Gustavo Costa Fernandes voltava de uma cascata localizada nas redondezas, na companhia do irmão, na rua Francisco Joaquim Leonardo de Oliveira, no bairro Krequer, em São João Batista.
Com a finalidade de matar Fernandes, os denunciados usaram duas motos, sendo que em uma estava Larissa de carona e João de condutor e na outra, Wesley de condutor e Carlos de carona.
Eles saíram à caça da vítima e ao se encontrarem, Larissa e João indicaram e apontaram para a vítima, que estava de bicicleta pela rua, quando então, Wesley e Carlos Adriano se aproximaram e Carlos efetuou os disparos de arma de fogo.
Fernandes foi atingido por dois tiros que causaram ferimentos no tórax e pescoço, causando a morte.
Além do motivo torpe, o crime ainda foi praticado mediante recurso que dificultou e tornou impossível a defesa da vítima, ao ser atingido pelas costas, de surpresa, de modo rápido e repentino.
Sentenças
Larissa Paola dos Santos do Prado foi condenada à pena de 13 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado.
João Júnior Deliz Martins deverá cumprir a pena de 23 anos e quatro meses de reclusão, em regime fechado.
E, Carlos Adriano Bonfim da Silva, foi sentenciado à 24 anos de reclusão, também em regime fechado.
Fonte: Correio Catarinense