O dono da Havan, Luciano Hang e o empresário, Carlos Wizard, se reuniram nesta quarta-feira, 3, na sede da Havan, em Brusque (SC), para discutir as estratégias para a compra de vacinas contra a covid-19. Os empresários, que representam um grupo de dirigentes empresariais do Brasil, já manifestaram ao Ministério da Saúde o desejo de colaborar com a imunização da população.
Atualmente, o grupo está enfrentando dificuldades para adquirir as vacinas. A legislação que trata do assunto (PL 534/20212) aguarda sanção presidencial e define que as doses compradas pela iniciativa privada deverão ser integralmente doadas ao Sistema Único de Saúde. Somente depois da imunização de 100% do grupo prioritário o setor privado poderá comprar, distribuir e administrar as vacinas, mas ainda assim terá que doar pelo menos metade das doses ao SUS.
A proposta dos empresários é a atuação em paralelo à vacinação do grupo prioritário. Eles objetivam imunizar os trabalhadores. “Esta é uma causa humanitária, sabemos que o Brasil está parado. Nós, como empresários, não temos nenhum interesse comercial ou financeiro em cima deste projeto. Nosso único desejo é auxiliar para que um número maior de pessoas tenha acesso à vacina, para que possamos voltar à nossa vida normal e com segurança”, enfatiza Wizard.
Luciano Hang ressalta que a Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) também se disponibilizou a utilizar as suas salas de vacinas, como tem acontecido nos Estados Unidos. “Lá, toda a estrutura das farmácias está sendo usada para vacinar milhões de pessoas. Já temos sinal positivo de que 5 mil farmácias brasileiras poderiam auxiliar na imunização, alcançando até 2 milhões de pessoas por semana. Precisamos agilizar a vacinação, sozinho o governo não dá conta. Caso contrário, vamos levar mais um ano até vacinar toda a população. É preciso acelerar”, afirma.
Durante o encontro, Hang e Wizard definiram que o próximo passo será a busca pela flexibilização da compra das vacinas e para que novos imunizantes sejam autorizados no Brasil. “Existem diversas vacinas que estão sendo aplicadas pelo mundo, se funciona em outros países por que não funcionaria aqui? Já que se trata do mesmo vírus. Precisamos ter acesso ao máximo de fabricantes, claro, aqueles que já temos conhecimento que suas vacinas apresentaram eficácia no restante do mundo. Este é momento de união e de correr contra o tempo”, finaliza Luciano Hang.