O município de Maravilha, no oeste de Santa Catarina, foi o primeiro no estado a registrar a “chuva preta”, fenômeno causado pela presença de fuligem e cinzas na atmosfera, originadas das queimadas que há semanas afetam a Amazônia. A fumaça, que já vinha sendo percebida em diversas regiões catarinenses, se misturou com a chuva, escurecendo a água.
A Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina já havia alertado sobre a possibilidade desse evento, destacando a alta concentração de fumaça e fuligem vinda da Amazônia. Esse aviso intensificou o monitoramento das condições atmosféricas, especialmente após o deslocamento da fumaça para o sul do país.
O fenômeno pode se repetir em outras cidades de Santa Catarina na sexta-feira. Segundo o meteorologista-chefe da Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, a precipitação está associada a uma frente fria que avança pelo estado. A chuva começou nas áreas de divisa com o Rio Grande do Sul e, se estenderá para as demais regiões do estado nesta sexta-feira, dia 13, e ao longo do fim de semana.
Foto: Airton Fernandes
Impactos
A Defesa Civil orienta a população a adotar precauções especiais diante dessa situação. “A chuva preta pode conter substâncias tóxicas e perigosas para a saúde, principalmente a respiratória. Recomendamos que as pessoas evitem o contato direto com a água da chuva, e que essa água não seja consumida”, destacou Felipe Theodorovitz.
- Evite se expor à chuva, procurando permanecer em locais fechados sempre que possível.
- Não use a água da chuva para consumo, higiene pessoal ou atividades domésticas.
- Mantenha portas e janelas fechadas para reduzir a entrada de fuligem nos ambientes.
- Use máscaras ou lenços para proteger o nariz e a boca, especialmente se você tiver problemas respiratórios.
Desde o aviso sobre o fenômeno, a equipe de monitoramento da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, em colaboração com órgãos ambientais, tem acompanhado de perto a qualidade do ar e as condições meteorológicas em Santa Catarina.
A Defesa Civil também reforça que os catarinenses devem seguir as atualizações pelos canais oficiais, como o site e os aplicativos da Secretaria, que seguem emitindo alertas e orientações em tempo real. Embora atípico, o fenômeno destaca a importância da preparação e do monitoramento eficaz em situações climáticas adversas.
Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina