Um incidente no sábado (19/10) em Correia Pinto, na Serra Catarinense, ganhou repercussão estadual e nacional. O hospital local atestou a morte de uma bebê de oito meses e liberou o corpo para o velório, mas durante a cerimônia, familiares notaram que o corpo da criança mantinha temperatura e que ela parecia movimentar braços e mãos. Preocupados, eles acionaram um farmacêutico, o Conselho Tutelar e o Corpo de Bombeiros.
Os bombeiros constataram, por meio de oxímetro infantil e estetoscópio, sinais vitais fracos, como batimentos cardíacos e saturação de oxigênio, além de pupilas dilatadas e arroxeamento em partes do corpo. A bebê foi levada novamente ao hospital, onde um eletrocardiograma foi realizado, e a direção do hospital reafirmou o óbito, declarando ausência de batimentos cardíacos.
O Promotor de Justiça Marcus Vinicius dos Santos foi informado pelo Conselho Tutelar e imediatamente requisitou que a delegada de plantão e a Polícia Científica iniciassem investigações para esclarecer as circunstâncias da morte. A prioridade será a realização de um exame cadavérico para determinar o horário e a causa do óbito, além da análise do prontuário médico e oitiva de todos os envolvidos.
Versão da família
Segundo o pai da bebê, ela começou a passar mal na quinta-feira (17/10), foi diagnosticada com uma virose e liberada com medicamentos. Na madrugada de sábado (19/10), a menina piorou e foi novamente ao hospital, onde o mesmo médico atestou a morte por volta das 3h. A família relata divergências na causa da morte: o médico informou asfixia por vômito, mas o laudo indicava desidratação e infecção intestinal bacteriana.
Durante o velório, por volta das 19h, a bebê foi levada de volta ao hospital pelos bombeiros, que constataram sinais vitais. Após novos exames, o hospital confirmou a morte.
Investigação do Ministério Público
O Promotor de Justiça explicou que o Ministério Público acompanhará as investigações para verificar se houve negligência médica. “É precipitado tirar conclusões antes dos laudos. Os sinais vitais fracos indicados pelos bombeiros contrastam com outros sinais compatíveis com a morte”, disse o promotor. Os laudos devem ser concluídos em até um mês.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC