Um caso de extrema crueldade contra animais foi descoberto no bairro Vila Nova, em Barra Velha (SC), e causou indignação em toda a região. Um homem de 28 anos foi preso em flagrante após denúncias de que matava cães, gatos e até ratos para cozinhar e consumir a carne.
A denúncia chegou à Fundema (Fundação do Meio Ambiente) por meio de profissionais do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial). Com apoio da Polícia Militar, fiscais se deslocaram até a residência do suspeito e encontraram um cenário perturbador: restos de animais espalhados pela casa, gatos mortos congelados, ossos no lixo da cozinha e até carne de gato frita em uma frigideira.
“Recebemos a denúncia da profissional do CAPS por envolver maus-tratos contra animais. Imediatamente montamos uma operação junto com a Polícia Militar”, explicou o presidente da Fundema, Kaiann Barentin.
Inicialmente, uma viatura foi deslocada para acompanhar a equipe, mas diante da gravidade constatada no local, foi necessário reforço policial. “Havia restos de animais pela casa, inclusive carne em uma frigideira e ossos no lixo da cozinha”, relatou Barentin.
De acordo com familiares, o homem praticava essas ações há cerca de quatro anos. Em algumas ocasiões, teria inclusive convidado parentes para comer a carne, mas ninguém aceitou.
Durante a abordagem, o suspeito teria confessado os atos, mas reagiu à prisão, entrando em luta corporal com os policiais. A equipe precisou usar força para contê-lo. Ele foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Itajaí para exame de corpo de delito e, em seguida, conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Barra Velha, onde teve a prisão em flagrante registrada.
A Fundema informou que aplicará multa e prepara um relatório técnico para subsidiar a investigação policial. O Caps também deve acompanhar o caso diante do histórico relatado.
No início da tarde, a Associação Barra Bicho, ONG de proteção animal, protocolou uma manifestação formal na ouvidoria da Fundema, cobrando providências.
“Nosso objetivo imediato foi cessar a prática e garantir a prisão do envolvido. Agora, seguimos atuando para que a Justiça seja feita e para prevenir novos episódios de crueldade”, reforçou Barentin.