Emedebista quer a reabertura da Estrada Nova para desafogar trânsito do Centro
O vereador de Porto Belo Jonas Raulino (MDB), na ultima sessão do poder Legislativo fez defesa de sua proposição para a criação do segundo acesso, a tão debatida estrada que levaria o trânsito de Bombinhas diretamente à BR-101 (ou quase), desviando o interminável fluxo de carros que congestiona a avenida Governador Celso Ramos durante a temporada do centro de Porto Belo. Desde quase o início do ano, Raulino vem pregando sobre o assunto. Para ele, a solução está no Morro das Antenas. Foi isso o que ele disse durante a sua fala na tribuna nesta segunda.
“Eu não sou contra o asfaltamento do morro de Zimbros, é uma obra fantástica pra nossa cidade”, começou o parlamentar, se referindo à pavimentação do acesso secundário entre Porto Belo e Bombinhas, via Estrada do Morro de Zimbros, cujo processo licitatório está em vias de lançamento pelo poder Executivo. O problema, acredita Jonas, é que essa melhoria fará com que aumente o trânsito naquela área, com consequências ruins para o Centro de Porto Belo: “Vai trancar todas as ruas da cidade”, previu.
Segundo o vereador, é necessário criar uma via alternativa utilizando a antiga Estrada Nova, uma picada aberta no topo do morro entre 1950 e 1970 e alvo de ações na Justiça por possível danos ao meio ambiente. Uma dessas ações, movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2010, acusou irregularidades no edital lançado pelo Governo do Estado para a construção de uma rodovia turística naquela região, cruzando o morro desde a subestação da concessionária Águas de Bombinhas até a localidade do CTG, fundos do bairro Vila Nova.
A ação ainda aguarda julgamento, mas é esse mesmo trajeto que Jonas aponta como alternativa para os problemas viários do município. Ele, inclusive, tem procurado angariar apoio na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e nas prefeituras de Porto Belo e Bombinhas. Na Câmara, alguns parlamentares manifestaram concordância — caso do colega de bancada Diogo Santos, que o parabenizou pela iniciativa e atribuiu a “picuinhas políticas” a paralisia nessa questão.
Silvana Stadler (PL) também mostrou-se favorável. Ela até mesmo disse que já levantou a questão na Câmara em 2020: “A construção civil está crescendo no município e a gente precisa de uma alternativa de saída”, argumentou, opinando que a receita obtida com o mecanismo da outorga onerosa do direito de construir poderia ser empregado na eventual execução da obra.
Apesar de buscar aliados nessa batalha, como definiu, Jonas não poupou o município vizinho de críticas. Para ele, há pouco interesse dos políticos bombinenses em resolver o problema do acesso, uma vez que, em sua opinião, o ônus fica somente para Porto Belo. E aproveitou para reclamar do manejo da Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que gostaria de ver socializada entre as duas cidades: “Por que não ser verdadeiramente parceiros? Por que não dividir?”, questionou.
ALCIDES MAFRA/ASSESSORIA CÂMARA PB