Depois de dois dias de ataques, registrando sete incêndios a ônibus, um ataque a uma base da PM e outro possivelmente a uma delegacia, os organismos da Segurança Pública – Secretaria de Segurança Pública, Polícia Civil, Polícia Militar – montaram todo o aparato para coibir e mobilizar o efetivo no que se refere a estas ocorrências criminais. O anúncio foi feito durante a coletiva realizada nesta tarde, no Comando da Polícia Militar, no Centro da Capital, em que participaram além dos organismos da SSP, a Secretária de Justiça e Cidadania, Ada de Luca, e Diretor do Departamento de Administração Prisional, Leandro Lima.
Entre as ações está o acionamento da sala de Situação, onde agem de forma integrada as Inteligências da SSP, Polícia Civil e Militar. As Polícias Civil e Militar reforçam o efetivo para o pronto atendimento de qualquer ocorrência, seja nas ruas ou nas Delegacias, conforme suas atribuições. Também haverá blitz policiais em pontos estratégicos, segundo o que foi analisado pelas inteligências, para tentar coibir os atentados ou prender possíveis autores ataques que venham a ser realizados.
Tanto o Secretário de Segurança Pública, César Augusto Grubba, quanto o Delegado Geral, Aldo Pinheiro D’Ávila, atribuíram os ataques a facções criminosas.
Segundo o Delegado Geral, não se pode, neste momento afirmar a motivação destes atentados, mas segundo as investigações, interpretou-se que há uma relação aos ataques com a intensificação das atividades policiais, principalmente a apreensão de drogas, que foi volumosa em 2012; além de toda a investigação no caso do homicídio da Agente Prisional Deise Alves, que gerou o indiciamento de 13 pessoas, inclusive de quase todo o comando de facções criminosas que existe no Sistema Prisional.
O Secretário de Segurança Pública acrescentou que o combate mais efetivo ao tráfico de drogas atinge uma questão fundamental das facções, que é o lado financeiro. Grubba foi categórico: “as duas ondas de ataques estão relacionadas”.