Um ônibus foi incendiado nesta manhã de quinta-feira (07), no bairro Tajuba I em São João Batista. Dois homens a pé, jogaram gasolina no veículo que estava estacionado no pátio da residência de Edilson Cordeiro situada à Rua Antônio Manoel de Oliveira, número 250. Edilson acordou às 6h e percebeu o incêndio, ele juntamente com ajuda família conseguiu conter as chamas que atingiu os pneus do ônibus. O boletim de ocorrência foi registrado pela manhã, na Delegacia de Polícia Civil de São João Batista. A polícia segue com as investigações para saber se o caso tem envolvimento com ataques em Santa Catarina.
Ataques em Santa Catarina mudaram de perfil
O comandante-geral da Polícia Militar (PM) de Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro, avalia que os ataques no estado mudaram de perfil desde segunda-feira (4). Segundo ele, os casos são característicos de vândalos e oportunistas.
“[Isso ocorre] com ações, algumas delas já bem constatadas, de aproveitar para colocar fogo no seu carro que estava abandonado, aproveitar para colocar fogo em um caminhão e quem sabe o seguro possa cobrir. [São] crianças brincando de incendiar colchões e acabam por colocar fogo na casa”, disse.
Ele destacou, no entanto, que os ataques relacionados a ordens de facções criminosas permanecem. “Algumas prisões estão sendo feitas com identificação de pessoas que estavam liderando esse processo criminoso, de maneira com que esses ataques estão sendo fortemente coibidos”. Ontem (6), em Joinville, seis pessoas suspeitas de participação nos atos violentos foram presas preventivamente. Com isso, 30 pessoas foram detidas desde o início das ocorrências, no dia 30 de janeiro.
O comandante confirma que a ordem para essa nova série de ataques está partindo de membros de uma facção criminosa que atua dentro de presídios do estado. “Alguns desses criminosos estão dentro dos presídios e outros estão nas ruas. Todos nós sabemos que as ordens saem das prisões por meio das saídas temporárias que os detentos fazem e por pessoas que, de uma forma ou de outra, fazem contato com o mundo penitenciário.”
Os locais escolhidos para os ataques, que são recorrentes na região do Vale do Itajaí, estão relacionados à proximidade com presídios, segundo ele. “Na Sala de Situação da PM, para onde convergem as múltiplas informações, há uma linha de raciocínio comum que é a de relacionar o ato com os presídios”. Ele destacou Joinville como cidade onde estão sendo registrados mais ataques. “Na vez passada, nos ataques de novembro, tivemos uma situação demarcada em Florianópolis. Nesta ocasião, Joinville tem sido o local com mais episódios, talvez porque seja a maior cidade do estado.”