Quem identificou o rombo em conta da prefeitura de São João Batista foi o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. Mais de R$ 260 mil foram desviados só em 2012. De acordo com informações colhidas pela reportagem, cerca de 60 cheques foram utilizados no esquema. A conta utilizada para o desvio é do IPVA, a mesma utilizada esse ano por Marcelo Vargas para transferir R$ 12.133,12 para sua conta pessoal.
Dois funcionários de confiança da Administração passada, diretor e assessor financeiro, teriam montado e operacionalizado o esquema. Eles já teriam inclusive confessado o crime e nomeado advogado de defesa. As investigações do caso vão ficar sob responsabilidade do Tribunal de Contas, Ministério Público e Polícia Civil. Os primeiros depoimentos começam a ser colhidos nesta semana.
No esquema de desvio de dinheiro da Prefeitura operado em 2012, os dois funcionários ainda adulteravam os extratos contábeis, para dificultar a identificação do crime. O levantamento de quanto exatamente foi desviado das contas da prefeitura, ainda não foi finalizado. Nesta quarta-feira (24), uma pessoa que acompanha a investigação disse que os valores desviados já se aproximavam de R$ 300 mil e que podem ultrapassar o valor.
Também existem dúvidas se os dois funcionários, sozinhos, conseguiriam operar todo o esquema sem levantar suspeitas. Por se tratar de um valor grande, pode ter envolvimento de outras pessoas. Caso o Tribunal de Contas não tivesse identificado o desvio, o crime teria ficado encoberto, já que a Prefeitura não teria condições de descobrir.
Para tentar maquiar o esquema, os cheques eram nominais. Em alguns dos casos, a conta pessoal da mulher de um dos acusados foi usada para fazer a travessia do dinheiro. Outras contas também foram utilizadas.