A festa religiosa de São João Batista – santo padroeiro e que, da nome a terra dos calçados – não sera realizada no próximo mês. Tradicionalmente promovida no mês de junho, o evento foi cancelado em virtude da pandemia do coronavírus.
Segundo o pároco – padre Élio grings – a comissão organizadora da igreja estuda a possibilidade de fazer os festejos no segundo semestre. Tudo vai depender de como vai evoluir a questão sanitária no estado e, a consequente autorização de eventos.
Se não vamos ter (pelo menos nesse momento) arraiá, bingo, aviãozinho, danças tipicas e queima da fogueira, como consolo, a gula junina não ficara desamparada.
Desde o inicio deste mês, a barraca de guloseimas “Ki Delícia” esta aberta atendendo a população com uma grande variedade de doces e guloseimas típicas da efeméride.
Há cerca de 20 anos, Margarida Cardoso de 67 anos e sua família saem de Camboriú e vem para São João Batista a fim de trabalharem na festa. Neste ano, mesmo com o cancelamento do evento e todas as dificuldades impostas pela pandemia, dona Margarida resolveu vir e demarcar novamente, ao lado da igreja matriz, o seu território que há décadas lhe pertence.
“Estamos muito tristes com toda esta situação, mas, trabalhar é preciso. As contas não esperam por muito tempo para serem pagas” – disse a trabalhadora. Dona Margarida relata que seu marido fez uma cirurgia cardíaca há pouco tempo e que, por enquanto, vai desfalcar o time da barraca. “Ele é do grupo de risco e não pode se expor” – comenta a preocupada esposa.
Grande parte das guloseimas comercializadas são preparadas no local. Destaque para a Cocada que leva diversos sabores (branca, leite condensado, coco queimado, prestigio etc). Outra vedete é a Maçã do Amor, passando pelo Quebra-queixo, Pé de Moleque e Coquinho.
A festa de São João talvez não aconteça neste ano, mas, o povo que curte um arraia não vai ficar só no cheirinho e, com certeza, vai visitar a barraca das delícias da dona Margarida, pois afinal, tem o gosto doce de uma tradição que não se apaga jamais.